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SOBRE A DIREÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Atualizado: 10 de out. de 2023



Segundo o Padre Lallemant insiste muito na docilidade ao Espírito Santo:


Ao Espírito Santo atribui-se a ação da Santíssima Trindade na nossa vida interior, porque ela é uma obra de iluminação e de amor que se realiza pela graça e pelos dons do Espírito Santo, sendo este estudo uma espécie de comentário das regras sobre o discernimento dos espíritos, de Santo Inácio.


I

Direção do Espírito Santo: natureza e vantagens


1. Os dois elementos da vida espiritual são o mistério do coração e a direção do Espírito Santo, que constituem os dois polos de toda espiritualidade.


2. O Espírito Santo eleva pouco a pouco a alma e a governa quando ela se abandona à sua direção. Deixa a alma que Deus faça como lhe agrada: tudo o que for para ela e por ela.


Para chegar a isso, os meios são os seguintes:


Renovar frequentemente o bom propósito de, em tudo, seguir a vontade de Deus;

Observar com exatidão os diversos movimentos da alma. E ordinariamente pacífico e tranquilo o que vem de Deus à alma em estado de graça.

É, ao contrário, violento, e traz consigo a perturbação e a ansiedade, tudo o que parte do demônio.


Devemos aspirar ao fim em que sejamos de tal modo possuídos do Espírito Santo que só ele conduza todas as nossas forças e sentidos e que determine todos os nossos movimentos, quer interiores, quer exteriores.


Deste modo passamos a viver mais em Jesus Cristo que em nós mesmos, por uma fiel correspondência às operações do seu divino espírito e por uma perfeita sujeição ao poder da sua graça.


II

Os obstáculos


1. Como opomos obstáculos a esta conduta do Espírito Santo... Quantos pequenos vínculos, pecados veniais, quantas imperfeições! Quantos desígnios e desejos que não são nada subordinados aos movimentos da graça!

Quantos pensamentos inúteis povoam todos os dias a nossa mente, sem contar os da aflição e dissabor!


2. Nosso cuidado não deve ser o de ler muitos livros espirituais, mas dar mais atenção às inspirações divinas que bastam, com um pouco de leitura, e sermos extremamente fiéis em corresponder às graças que nos são ofertadas.


3. Devemos pedir frequentemente a Deus que nos faça reparar, antes da morte, todas as graças que perdemos e que nos faça chegar ao cume do mérito, até onde Ele nos queira conduzir, segundo a sua primeira intenção, frustrada até então pelas nossas infidelidades:


Enfim, que Ele perdoe os pecados do próximo, e que os outros repare as graças que perderam por nossa falta.


4. A maior parte dos religiosos, até os bons e virtuosos, não segue, na sua vida particular e na dos outros, senão a razão e o bom senso:


É boa esta regra, mas não suficiente à perfeição cristã.

Esses cristãos serão sempre imperfeitos.

Não chegarão às sublimes vias do espírito, e o seu modo de governar os outros é igualmente imperfeito.


5. O Espírito Santo espera que durante algum tempo tais cristãos permaneçam no seu interior e façam as operações da graça, dispondo-se a seguir a sua conduta, mas se abusarem do tempo e do favor que lhes oferece, abandona-os por fim a si próprios e os deixa na obscuridade e na ignorância do interior que afetaram, com graves perigos para a sua salvação.


6. Ao contrário, os que são verdadeiramente interiores, que se conduzem pela luz do Espírito de Deus, ao qual se dispuseram pela pureza de coração e o seguem com real submissão, vão a passo de gigante e voam, por assim dizer, aos parâmetros da graça.


7. Admira-se de ver tantos religiosos que, depois de ter vencido longos anos em estado de graça, rezando a Missa, praticando e tendo, por consequência, os dons do Espírito Santo num grau físico fortemente elevado, guardam uma vida toda natural, com os defeitos habituais de vaidade, ressentimento e procura das alegrias: é que os pecados veniais, que cometem continuamente, prendem os dons do Espírito Santo como laços que lhes impedem os efeitos.


III

Conclusão


1. Se nos aplicarmos à pureza de coração, evitando o que a perturba, os pecados veniais, as afeições naturais, as distrações e a sensualidade, o fervor da caridade crescerá cada vez mais e os dons do Espírito Santo se divulgarão em toda a nossa conduta.


2. Peçamos essas graças por intercessão de Maria: É por Ela que ao Espírito Santo agrada o comunicar-se às almas.


3. Em toda alma cristã estão em germe os dons do Espírito Santo, mas só florescem nas almas interiores.

Os dons intelectuais de sabedoria, inteligência e ciência revelam às almas interiores a vida e a ação de Deus.

Os outros dons, os do temor e da piedade, do conselho e da força, dirigem e sustentam toda a vida e ação apostólica das almas interiores.


4. Os frutos do Espírito Santo não amadurecem senão nas almas interiores.

Levam-lhes a suavidade, com forças sobrenaturais, para praticar a virtude e atingir a santidade.



Peçamos incessantemente que o Espírito Santo dê mais sabedoria e discernimento à nossa alma que enquanto não estiver plena de Seus dons e a Sua unção do alto, viveremos vazios e sem a vida na graça, pois o Paráclito, é a vida da nossa alma e sem Ele, carecemos de tudo o que é necessário para vivermos em Deus inteiramente.

Ele é o nosso Santificador e todos os dias, clamemos por Ele que, desça até nós, para vivermos saciados do que nos falta e revigorados pelo Seu Poder que transforma, opera graças abundantes, cura e liberta dos males que, sem a Sua presença em nós, prejudicar-nos-ia.

Tenhamos intimidade com o Espírito Santo, rezando à Ele e suplicando-Lhe que restaure sempre o nosso ser, fazendo-nos novos à cada dia.

Que Ele venha sobre nós, sobre a nossa família, sobre todos os que O invocam!


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos



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