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COMO REZAR COM PRAZER



Quantos e quantos cristãos não sentem gosto, não experimentam prazer em rezar! Na oração veem apenas um dever a cumprir, quase uma penitência; e isto, simplesmente, porque não sabem rezar. A oração deve proporcionar uma incomensurável consolação, como vamos explicar.

Quem ler atentamente este artigo que se segue descobrirá o segredo da mais profunda felicidade e do maior bem-estar.


A oração deve inundar a alma de intenso júbilo, visto ser a mais poderosa força do mundo, "a força que vence a Deus" - como alguém a intitulou - , o meio mais eficaz para nos tornarmos felizes. Quão poucos, no entanto, o sabem! Largas centenas de milhares de católicos desconhecem o valor, a importância, o prazer da oração; por isso não rezam. Centenas de milhares são também as pessoas que todos os dias rezam as orações da manhã e da noite, mas não retiram delas a graça, a força e o conforto que facilmente poderiam colher.

Quando crianças, aprenderam a recitar fórmulas sem entenderem o seu significado profundo, e depois, já adultos, continuam a repetir as mesmas palavras com a mesma ideia vaga, a mesma compreensão imperfeita que em crianças adquiriram.

Pouco ou nada se esforçaram para compreender melhor as noções que aprenderam quando novos, e o resultado é contentarem-se, muitas vezes, com repetir palavras sem sentido para eles. Quer dizer, quando oram, a sua mente não penetra no significado profundo da ação que estão a realizar.

Consequência: é muito diminuto o fruto espiritual, o prazer que retiram da oração, porque rezam como máquinas falantes.


Vamos, pois, explicar:


• como devem rezar os cristãos;

• como retirar da oração imensos benefícios;

• como saborear a doçura da oração e ter verdadeiro prazer em rezar.


Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário ser santo para saborear a oração; quem sabe rezar encontra nela o maior prazer, a mais profunda consolação. E para rezar bem não são necessários grandes esforços; o que se exige está ao alcance de qualquer cristão. Tudo depende de saber rezar.


Antes de tudo: O que é a oração? A oração não consiste, evidentemente, na mera repetição de palavras, sem atender ao seu significado; infelizmente, porém, é desta maneira que milhares e milhares de cristãos, aliás ótimas pessoas, "rezam" diariamente.

Que é, pois, a oração? Muito simplesmente: falar com Deus, conversar com o próprio Deus! Reparai bem: rezar é falar intimamente, pessoalmente, diretamente com Deus.

Mal ajoelhamos e fazemos o Sinal da Cruz com reverência, Deus volta-se logo para nós e presta-nos toda a atenção como se fôssemos o único ser existente neste mundo. Por admirável que isto pareça, sabemos que assim é, sabemos que quando rezamos temos o privilégio duma conversa íntima e individual com o Todo-Poderoso! Que nobilíssima

concessão! Que alegria e consolação imensas! Que altíssimo privilégio!

Falamos com Deus tão real e verdadeiramente como Lhe falou Moisés no Monte Sinai; tão real e afetuosamente como Lhe falaram Pedro, João e Madalena, durante a Sua vida na terra. É verdade que O não vemos com os olhos do nosso corpo, mas, pela fé, sabemos que Ele escuta realmente todas as nossas palavras, sabemos que Ele nos vê, que Ele olha para

nós. Ah! se nos convencêssemos bem desta consoladora verdade! Quão deleitosa seria para nós a oração! Foi este o segredo dos santos, segredo, todavia, bem simples e tão fácil para todos o aprendermos.

Se os santos gostam tanto de rezar, é justamente porque sabem e sentem que, ao fazê-lo, estão a falar com Deus. Por isso, em vez de lhes causar tédio, a oração é para eles suprema alegria. Quando rezam, não o fazem por penitência; antes, põem na oração as suas delícias.

Por conseguinte, a primeira ideia clara e definida que devemos ter acerca da oração é que, ao rezarmos, estamos a falar com Deus, no verdadeiro sentido da palavra "falar". Nada mais fácil de entender e nada mais verdadeiro.


A segunda grande verdade a fixar é que Deus se comprometeu - e não apenas uma vez! - a atender as nossas orações. Por exemplo, quando disse: "Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e hão de abrir-vos": "Se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará".


Queremos afirmações mais categóricas e mais claras do que estas e outras semelhantes que o Salvador nos deixou? Elas asseguram-nos que nunca elevamos a Deus uma prece, com fé e confiança, que por Ele não seja atendida; sempre que a Ele recorremos, são-nos concedidas graças excelentes.

Não duvidemos: nunca, até hoje, rezámos uma oração, nunca enviámos a Deus um só brado sequer, sem que fôssemos escutados. É certo que, por vezes, Ele não nos concede o que Lhe pedimos, porque sabe que nos seria prejudicial. O nosso pedido, porém, não fica sem resposta: Deus envia-nos - não tenhamos dúvidas - outra graça melhor para nós do que aquela que pretendíamos.

Há anos, uma pobre mãe tinha um filho gravemente doente. Rezou intensa e fervorosamente pela sua saúde, mas o jovem acabou por morrer.

Teve uma morte tão serena, tão santa - eu diria até, tão feliz - que a todos deixou admirados.

Que prazer poderia ter aquela pobre mãe se o filho recuperasse a saúde, mas, depois, arrastado para uma vida de pecado, viesse a perder a sua alma para sempre? Poderia ela sentir-se feliz, mesmo só por um brevíssimo instante, sabendo ou supondo que o filho sofria atrozmente, por toda a eternidade, no Inferno? Deus, conhecedor do perigo, levou-lho para o Céu, onde implorará e obterá mil e uma graças para a sua querida mãe. Não terá sido mil vezes melhor assim?...

Pensais que se trata de uma história inventada? Não! Este caso passou-se em Portugal; conheço as personagens nele envolvidas e podia referir nomes e datas.


Eis um outro caso mais recente que o anterior. Há tempos, um senhor dirigia-se apressadamente, de táxi, para um aeroporto, a fim de iniciar uma viagem de negócios. Naquele dia, porém, o trânsito rodoviário apresentava-se de tal forma caótico que se tornava praticamente impossível chegar ao aeroporto a tempo de apanhar o avião. Esta circunstância levou aquele senhor a rezar, pedindo a Deus que dispusesse as coisas de forma a não ficar em terra.

Mas Deus não lhe fez a vontade: quando chegou ao aeroporto, o avião já havia levantado voo, deixando aquela pessoa bastante desgostosa. Mas, decorridas poucas horas, ouvia, pela rádio, a horripilante notícia: um avião despenhara-se há poucos minutos e não havia qualquer sobrevivente daquele tão trágico acidente. Era naquele avião que a aludida pessoa devia e desejava viajar!... Quantas graças não deu ela a Deus por não haver

escutado a sua oração, poupando-lhe assim a vida!


Como estes dois acontecimentos, quantos e quantos outros não ocorrem diariamente! Eis outra ideia que nos cumpre gravar bem na memória.


A terceira verdade que devemos ter sempre bem presente é que toda a oração que elevamos a Deus, com a reverência e a confiança possíveis, Lhe dá imensa glória e alegria. Que satisfação não devemos sentir, sabendo que, ao orarmos, proporcionamos verdadeiro e extraordinário júbilo a Deus nosso Pai!

Mas será isto possível? Deus ama-nos realmente? Não só nos ama, como deseja também, ardentemente, possuir o nosso amor: "Eis aqui o Coração que tanto amou os homens e tão pouco amado é por eles". São estas mesmas palavras que Ele dirige hoje a cada um de nós.

Deus revelou aos seus santos que, se alguém rezar só que seja a curta oração "Sagrado Coração de Jesus, tenho confiança em Vós", enche o Seu Coração de júbilo e alcança uma recompensa eterna.

Grandes, pois, são as recompensas que recebemos e enorme o prazer que damos a Deus quando rezamos as nossas orações diárias. Além disso, obtêm-nos múltiplas e importantes graças e bênçãos que de outra maneira nunca alcançaríamos.

Se acreditamos nesta verdade - o que, suponho, se passa com todos os cristãos -,

não será uma autêntica loucura omitirmos as nossas orações quotidianas?


Todos desejam a felicidade, todos anseiam possuí-la; procuram-na e empenham-se em alcançá-la, mas, infelizmente, buscam-na de mil formas diversas e por caminhos que a ela não conduzem, perdendo assim o seu tempo. A razão deste insucesso é bem clara: só Deus dá a felicidade, como só Ele dá a vida e a saúde. A felicidade é um dos maiores bens que Ele nos concede; ela encerra tudo quanto de bom para nós existe.

E se Deus nos promete tudo o que há de bom, com a única condição de lho pedirmos, por que não rogar-Lhe, todos os dias, que nos dê a felicidade? Haverá alguma coisa mais fácil de fazer?

Mais: nenhum pai, por mais bondoso que seja, anela tanto a felicidade de seu filho como Deus deseja a nossa. Por que razão, pois, não Lha pedem os homens? Simplesmente porque não pensam nisso, ou antes, porque ignoram esta verdade. Não saberão, na realidade, que só de Deus nos pode vir a felicidade?

É certo que à felicidade perfeita não se pode chegar neste mundo, em consequência da transgressão dos nossos primeiros pais e dos nossos próprios pecados; contudo, podemos ter, ainda nesta vida terrena, uma boa dose de felicidade, já que Deus pode e deseja dar-no-la; basta que Lha peçamos confiadamente. Eis aqui o verdadeiro segredo da felicidade.



Procuremos confiadamente mantermos esse diálogo com o nosso Pai Eterno diariamente, na certeza absoluta que Ele nos ouve atentamente e perscruta o nosso coração sincero para com Ele e além disso, Ele nos vê do Alto do Céu e nos conhece muito bem.

Ele, como Pai nosso que É, sabe o que necessitamos, porém nos concede de acordo com a Sua amorosíssima vontade, as graças necessárias para o nosso maior bem.

Mas devemos compreender que a Oração é essencial e como relatado no texto acima, devemos colocar todo o nosso amor quando rezamos à Ele. Rezar com o coração. Devemos nos derramar de alegria e gosto nesse diálogo com o Pai.

Não deixemos que nada impeça esse momento tão importante e se nos esforçarmos para que todos os dias, reservemos esse momento para o Senhor, já começaremos a sentir a felicidade de O possuir em nós.

Se, porventura, relaxarmos ou adiarmos esse momento tão nosso e de Deus, acabaremos em pouco tempo, de sentirmos o prazer da oração sincera e amorosa e nos distanciaremos.

Como já referi em outros artigos do Blog, demos prioridade à Deus em nossas vidas, por meio da oração e será gradual ao passo que sejamos constantes no quotidiano.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos






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