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As virtudes na nossa vida

As virtudes regulam os nossos atos


O Catecismo nos diz, que "as virtudes regulam os nossos atos, ordenando as nossas paixões e guiando-nos segundo a razão e a fé".

Vamos ficar agora num comentário inicial sobre esta frase, que exigirá um tratamento mais amplo. Por ora basta dizer que não custa nada perceber que muitas vidas são "condutas desreguladas", sem ordem nem sentido, improvisadas e pouco racionais: parecem-se com um carro que perdeu o volante e os freios, e se atira rua abaixo.

Acabo de falar de "condutas desreguladas". Isso propicia um esclarecimento útil. As virtudes - já o vimos - são elementos da construção de uma vida moralmente boa. Você sabe o que é a "moral"? A palavra "moral" procede da palavra latina "mores", que significa costumes, comportamentos habituais. Portanto, a moral avalia os bons e maus comportamentos.

Por seu lado, a palavra "virtude" também procede do latim virtus, que significa força, potência. Somente as virtudes - com a graça de Deus - tem a "força", o "poder", a "capacidade" de ordenar e governar a nossa conduta, sem desvios nem desastres.


As virtudes propiciam domínio e alegria


É mais uma expressão do Catecismo. Para comentá-la, recordemos uma experiência bastante geral. Há muitas coisas boas que desejaríamos fazer ou atingir, e ficamos tristes porque não as conseguimos. Escaparam do nosso domínio, foi uma frustração.


Vejamos um par de exemplos.


Por que será que Fulano, que é inteligente e deseja muito passar num exame ou num concurso, fracassa sempre? Bomba atrás de bomba. Pode ser que tenha limitações intelectuais ou problemas psíquicos. Mas a maioria das vezes - e isso é o que agora nos interessa - será por falta de constância, de ordem no trabalho, de renúncia temporária a certos lazeres, de espírito de sacrifício. Ou seja, por falta das virtudes necessárias.

Por que será que Sicrana, que quereria muito manter-se calma, não ralhar o tempo todo com os filhos, não atazanar o marido com queixas, não consegue? Porque - além de pedir pouco o auxílio de Deus - não se esforçou como devia para ganhar as virtudes necessárias: paciência, controle da língua, firmeza serena, tolerância, etc.


Quem não luta, quem se contenta com a simples boa vontade e a improvisação, torna-se palha arrastada pelos ventos do desejo, do prazer, do capricho, do egoísmo ou das circunstâncias. E dominada - amarrada - por eles, nunca alcança a alegria que almeja.

Entende-se, por isso, que o Catecismo afirme: "Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem" (n. 1804). E que acrescente: "As virtudes humanas forjam o caráter"(n. 1810),

forjam a personalidade de quem é livre e "senhor de si mesmo"(Caminho, n.19).

Percebe a importância das virtudes? E a urgência de descobrir e adquirir as que nos faltam?


Padre Francisco Faus


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