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Acolhei o Anúncio de Nossa Senhora e Tudo o Mais Será Renovado

Transcrevo neste texto um esclarecimento que achei importante dar a refletir sobre as aparições de Medjugorje dada por um dos seus famosos e empenhados sacerdotes.

Fica a critério de cada um acreditar na veracidade dos factos tão reais e credíveis de crédito.

Nossa Mãe Santíssima se preocupa com a salvação de cada um dos Seus filhos e há mais de quarenta anos vem nos alertando para que mudemos de vida numa autêntica conversão à Deus.


... No dia 15 de Agosto, Nossa Senhora disse ter recebido a missão de dar a bênção solene ao mundo. Mas que quer dizer uma bênção solene? Quer dizer tudo. Quando Deus nos dá a bênção, tudo muda. E como Nossa Senhora deu a bênção no dia 4 de Agosto, Satanás não podia estar presente em Medjugorje. Quando Nossa Senhora dá a Sua bênção particular, algo de fundamental muda em nós.

Eu, pessoalmente, experimentei esta bênção, a graça torna-se palpável. Diversas vezes, ao ir a Medjugorje, arrasado pelo trabalho, voltava transformado. Nossa Senhora dava-nos a

Sua bênção particular e, no grupo, sentia-se uma transformação fundamental. E, por isso, quando Nossa Senhora diz: "Rezai, rezai, rezai", a meu ver, isso significa invocar justamente esta bênção divina. Dei-me conta de que nós fazemos demasiados esforços humanos e poucos esforços sobrenaturais: pedir, rezar, suplicar a Deus, a fim de que nos dê a graça. Quando Deus nos dá a Sua bênção, então, tudo muda.


Eu explico melhor: As pessoas, normalmente, quando vêm a Medjugorje, fazem perguntas particulares e pedem a Nossa Senhora uma espécie de respostas-receitas. E Nossa Senhora não dá isso, mas envia-as para Deus, para o Espírito Santo. Nós devemos estar abertos a Deus e, então, Deus muda a situação no mundo, nas almas. Ouvistes a última mensagem de quinta-feira? Nossa Senhora disse que o programa de Satanás faliu e pediu-nos que continuássemos a rezar, a fim de que o seu programa divino se realize plenamente.

Durante este período, nestes quatro anos, eu posso dizer que Nossa Senhora nos ensinava a rezar. A vida cristã consiste, por aquilo que eu compreendi, num contínuo aprofundamento da oração, porque a oração é um encontro com Deus, unir-se a Deus, ficar ligados a Deus num verdadeiro enlace de vida.

Ora, Nossa Senhora faz-nos avançar sempre no aprofundar esta nossa necessidade de oração. Quando se diz às pessoas que Nossa Senhora deseja a oração, elas compreendem apenas aquela recomendação dos sete Pai Nossos, Aves e Glórias, o Rosário...; mas o certo é que não é esta a mensagem de Nossa Senhora. Sim: é verdade que Nossa Senhora nos convidou a rezar sete Pai Nossos, sete Ave Marias, sete Glórias, o Rosário, e a viver a Eucaristia; mas Nossa Senhora ensinou-nos, sobretudo, como entrar na profundidade da oração.

Nós, no grupo de oração, fizemos exercícios apenas sobre o Pai Nosso durante mais de metade da Quaresma.

Recebemos ordens para nos exercitarmos apenas sobre o Pai Nosso, justamente para entrar de verdade em cada uma das palavras do Pai Nosso, a fim de que, como diz Nossa

Senhora, ele se torne numa melodia contínua nos nossos corações.


Nossa Senhora ensinou-nos também a meditar sobre o Evangelho, a meditar sobre os mistérios do Rosário; ensinou-nos como preparar-nos para a Eucaristia, como vivê-la.

Podereis assim, compreender como Nossa Senhora nos não deu apenas fórmulas de oração, mas quer, sobretudo, que entremos na profundidade da oração; e a profundidade da oração consiste precisamente num perfeito encontro com Deus, tal como quando duas pessoas se unem.

Nossa Senhora deu uma breve oração ao grupo de oração, uma oração que deveria ser vivida continuamente: "A minha alma está cheia de amor como o mar; o meu coração está cheio de paz como o rio; não sou santo, mas sou convidado a sê-lo".

Compreendeis facilmente as duas primeiras frases; a terceira frase é muito importante: "Não sou santo, mas sou convidado a sê-lo". Nossa Senhora fala muito sobre isto: não sou santo, devo ser humilde, reconhecer os meus pecados. Mas é muito importante não nos deixarmos esmagar pelos pecados, não dar demasiada importância aos pecados, não nos perdermos demasiado a analisar os próprios pecados, mas decidirmo-nos, o mais depressa possível, a avançar.

Em cada pecado, devemos descobrir que somos convidados a tornar-nos santos a avançar.


Esta mensagem foi muitas vezes repetida por Nossa Senhora e nós compreendemos que é Satanás quem nos esmaga com os pecados, nos julga, nos condena; Satanás sempre condena a pessoa, e as pessoas que se entretêm demasiado a pensar no pecado dão lugar ao demónio.

O demónio age sempre por demasiadas análises, demasiados juízos. Nossa Senhora diz: "Basta que considereis a sério o pecado e que, logo imediatamente a seguir, trateis de corrigi-lo". É muito importante. Acabámos por descobrir, neste período, que muita gente se deixa esmagar por um sentido de culpa, mas não avança, não muda. Ora, Nossa Senhora quer lançar-nos na esperança, de modo a que o pecado cometido nos sirva como que de um pequenino degrau para Deus.

Numa das Suas mensagens, Nossa Senhora disse a Helena uma frase, a respeito da qual eu disse que é um interessante jogo de palavras: "A vossa humildade deve ser orgulhosa. O vosso orgulho deve ser humilde". Transmito-vos esta mensagem para completar aquilo que há pouco vos disse, por um lado para se não deixar esmagar pelo pecado e, por outro, porque devemos ser orgulhosos dos dons de Deus. Muita gente vive a humildade erradamente: "Mas... eu não sou capaz, eu sou deste e deste modo...". Assim, não se exercita a humildade com a sinceridade; Nossa Senhora, entretanto, diz: "Se recebeste um dom de Deus, deves ser orgulhoso; mas não dizer que é teu: diz que é de Deus".


Descobri nisto uma pedra fundamental para a dinâmica espiritual, na medida em que vejo que Nossa Senhora quer que o nosso interior floresça. Nunca ser de um sentido negativo, mas sempre de um sentido positivo. Nós devemos sempre ficar contentes, quando recebemos dons. Foi-nos dada a missão de descobrir, em nós, os dons recebidos de

Deus e de vivê-los. A meu ver, isto é fundamental, para uma dinâmica positiva da vida espiritual.


Quero, agora, dizer-vos uma outra coisa, a propósito dos peregrinos: Vêm muitos peregrinos que tomaram conhecimento da notícia de Medjugorje, dos seus milagres; e vêm justamente a Medjugorje procurar também algo semelhante para si.

A meu ver, é muito perigoso, porque, deste modo, o centro da vida espiritual acaba por ser deslocado. Experimentei, por exemplo, nas confissões, enquanto os penitentes se apresentavam, que muitos eram surdos, incapazes de receber um conselho porque pensavam apenas em si, na intenção de receber qualquer coisa, a cura, uma consolação, etc..

Não eram capazes de mudar a sua própria vida; e isto é um erro fundamental, contrário àquilo que Jesus disse: "Procurai, primeiro, o Reino de Deus e tudo o mais vos será dado por acréscimo" (Mt. 6, 33). Por isso, eu insisto muito em que as pessoas acolham a sério as mensagens de Nossa Senhora e a Sua presença. Isto deveria ser essencial. Nossa Senhora apareceu neste período da História, apareceu para dizer-nos coisas importantes e urgentes: a paz, a oração, o jejum, a vida sacramental, a conversão urgente.

Nossa Senhora apareceu. Tornou-Se palpável para os videntes. É um acontecimento sério, um ser do Além que se apresenta nesta terra e, se nós, a sério, acolhemos, pela fé, este acontecimento, então, as doenças, as dificuldades, a própria morte, não têm peso algum. Quero, pois, dizer aos peregrinos que acolham o anúncio de Nossa Senhora e tudo o mais será renovado.


Uma outra mensagem que desejaria oferecer aos peregrinos é esta: não sejais trapalhões. Satanás é um trapalhão, um ser que engana. Muita gente vive numa contínua confusão. Quando será que a Igreja irá dar a última definição?

O que é que este bispo disse? O que é que diz este jornalista, aquele teólogo? E o certo é que se vive numa verdadeira confusão. Quero dizer-vos isto: Não vivais em confusão. A

confusão vem de Satanás. Deus dá, a cada um de nós, a luz, a fim de que possamos discernir. Se tendes dúvidas, ponde essas vossas dúvidas nas mãos de Deus através da

oração. Também Nossa Senhora, no encontro com o Anjo, teve dúvidas; mas encomendou-as Àquele que as podia resolver, a Deus, e do mesmo Deus veio a resposta: "Não tenhas receio Maria..." (Lc. 1, 30).

Convido, pois, os peregrinos a não discutir sobre os acontecimentos, a não fazer polémica sobre as aparições de Nossa Senhora, mas sim a pôr os seus próprios problemas, as suas próprias dúvidas nas mãos de Deus, rezando; e Deus nos dará, a cada um de nós, a luz.

Para solução deste problema das dúvidas, desejaria eu confiar-vos umas coisas, a jeito de argumentos, que vos ajudarão a viver com mais segurança. Antes de mais, uma recomendação: acompanhai os acontecimentos, estai atentos aos êxtases de Medjugorje. Estão já descritos e mesmo estudados a sério, de um modo cientifico. Nunca os êxtases,

na Igreja, foram descritos e estudados de um modo tão científico como estes. Podeis ver filmes, ler livros, como por exemplo o da equipa médica francesa (e, agora, um outro,

da equipa médica italiana), e vereis como os êxtases são um facto. Os videntes, no momento do êxtase, vivem fora do tempo e do espaço.

Ora, quando se nos apresenta um facto muito importante, o nosso dever é usar de um comportamento sério. A Escritura ensina-nos que "o temor de Deus é o princípio da

Sabedoria" (Prov. 1, 7). Diante deste mistério, devemos ajoelhar, a sério, e esperar de Deus a explicação. Nós não podemos entrar no mistério, no conteúdo daquilo mesmo que os videntes veem e sentem, naturalmente; mas, segundo as leis morais e científicas, devemos aceitar a sua explicação. É a única via, pela qual todos os Santos têm caminhado. Se pomos em discussão as pedras deste caminho, desta via, então, acabamos por pôr em discussão o nosso próprio nome de cristãos.


Finalmente, gostaria de vos dizer que eu próprio observei as críticas e ataques feitos a Medjugorje. A meu ver, qualquer pessoa que tivesse sido analisada e criticada como Medjugorje, já teria sido declarada louca. Se, em qualquer pessoa que fosse, se tivessem procurado os lados negativos do mesmo modo que em Medjugorje, ter-se-iam encontrado tantos, que seriam de a destruir por completo. A avaliar pela minha própria experiência, o facto positivo mais profundo é que, nestes quatro anos, eu encontrei problemas impossíveis de resolver por lógica simplesmente humana, apenas com as forças humanas e sempre intervinha Deus de um modo maravilhoso: não faltam testemunhas disso mesmo.

Jamais poderemos esquecer aquela Sexta-Feira Santa de 1983, em que eu queria escrever uma carta de protesto contra determinadas coisas; escrevi-a e coloquei-a sobre a mesa. Esperava apenas a correção a fazer por um jurista.

Ninguém o sabia; ninguém, para além do pároco. Segunda-feira apresentou-se-me Helena que, sem saber de nada, me disse: "Não recorrais a ninguém. Quando tiverdes dificuldades, continuai sorridentes e em oração. Quando Deus começa uma obra, ninguém mais a consegue suster".

Isto é fundamental e, por isso, Nossa Senhora nos diz sempre: "Rezai, jejuai, deixai que seja Deus a agir".

A mim, é-me muito mais fácil jejuar todos os dias a pão e água do que deixar que seja Deus a agir. Deixar que seja Deus a agir deveria ser um fruto do jejum e da oração.

E, realmente, quem já experimentou isto - deixar que seja Deus a agir - goza de uma alegria imensa e de uma paz infinita.


P. Tomislav Vlasić, 10.9.1985


Introdução de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos



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